Exportações e dólar vão definir preços do arroz no Brasil

Publicado em 02/08/2022 11:13
Corretora Arroz Sul explica que grande volume exportado foi o responsável pelas elevações nos preços do arroz no mercado brasileiro, mas que queda recente do dólar pode tirar a remuneração das cotações. Produtores gaúchos devem reduzir em 10% área para próxima safra buscando equilibrar melhor a oferta e demanda
Jorge Freitas - Corretora Arroz Sul

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Exportações e dólar vão definir preços do arroz no Brasil

O preço médio do arroz fechou o mês de julho valendo R$ 76,36 a saca com uma elevação de 5% em relação à média praticada em junho, de acordo com o levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). 

Na visão de Jorge Freitas, da Corretora Arroz Sul, é o bom andamento da exportação que está sustentando os preços no Brasil, já que no mercado nacional os supermercados e atacados compram apenas o volume necessário, sem recompor estoques. 

Pelos dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Ministério da Economia, o Brasil exportou 111.516,6 toneladas de arroz ao longo do mês de julho de 2022, este volume representou uma média diária de embarques 700,8% maior do que o mês de julho de 2021. 

Por outro lado, o corretor aponta que a queda nas cotações do dólar pode tornar as exportações menos agressivas e retrair o mercado. Neste momento, essas negociações acontecem ao redor dos US$ 14,50 e precisam do câmbio para serem positivas. 

Na visão de Freitas, os atuais patamares de preços, com as indústrias pagando R$ 80,00 no arroz em depósito, são remuneradores pensando na safra passada e que está sendo comercializada. Já olhando para a próxima temporada não há margem de lucro e a área cultivada no Rio Grande do Sul deve cair 10% diante do aumento de custos e queda de renda. 

Confira a íntegra da entrevista com a Corretora Arroz Sul no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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