StoneX retira 11 milhões de toneladas da safra de soja e aponta perda de 36% para o milho apenas no RS

Publicado em 11/01/2022 11:23
Entrevista com Ana Luiza Lodi - Analista de Mercado da StoneX sobre as Estimativas da safra de verão
Ana Luiza Lodi - Analista de Mercado da StoneX

A produção de soja e de milho desta primeira safra 2021/22 deverá ser menor do que as projeções iniciais de acordo com um levantamento realizado pela consultoria StoneX. As duas culturas foram impactadas por condições climáticas adversas, o que resultou em perda do potencial produtivo.

Na safra de soja, a expectativa de perdas já chega em 7,7% do que era esperado em dezembro, o que resultará em produção de 134 milhões de toneladas após o corte de 11 milhões de toneladas e impedirá a safra de registrar recorde de produção.

“Estamos com a seca afetando a soja. Além dos estados do Sul, que são os mais afetados, temos o Mato Grosso do Sul também com falta de chuvas e por isso tivemos esse corte nas previsões. As chuvas de janeiro e fevereiro ainda vão ser muito importantes para definir o potencial produtivo das lavouras”, diz a analista de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.

Olhando para a parte mais ao Norte do país e o excesso de precipitações, especialmente no Matopiba, a analista destaca que ainda é cedo para saber se este excesso de chuva irá impactar em perdas de produção, mas isto está no radar das análises. 

Já para a primeira safra de milho, os danos da seca foram maiores e a projeção que começou em mais de 30 milhões de toneladas foi revisada agora em janeiro para 26,8 milhões de toneladas, uma redução de 9,4% menor do que a estimativa de dezembro.

Somente no Rio Grande do Sul, estado mais afetado pela falta de chuvas, a redução de produção deverá ser de 36,7% com relação ao divulgado em dezembro e resultar em produção de 3,1 milhões de toneladas, enquanto o Paraná irá perder 11% e ficar com 3,05 milhões de toneladas.

Lodi destaca que este ainda não é um número final e novas revisões podem acontecer. “A gente acompanha de perto o clima de janeiro. As chuvas continuam escassas em várias áreas, mas existem algumas previsões de chuvas e precisamos acompanhar”. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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