Diante de baixo volume nos reservatórios do RS, recomendação da Federarroz é priorizar irrigação do arroz nas áreas já em floração

Publicado em 10/01/2022 10:14 e atualizado em 10/01/2022 10:56
20% das lavouras gaúchas estão no período mais crítico e necessitam de água para ter produtividade na colheita que começa em fevereiro. Entidade ainda destaca que muitas áreas já estão sendo abandonadas
Roberto Fagundes Ghigino - Vice-Presidente da Federarroz

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Diante de baixo volume nos reservatórios do RS, recomendação da Federarroz é priorizar irrigação do arroz nas áreas já em floração

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Os reservatórios, rios e lagoas que abastecem os sistemas de irrigação do arroz no Rio Grande do Sul estão sofrendo com a falta de chuvas no estado, estão com volume reduzido e disponibilizam menos água para as plantas.

Ao mesmo tempo, 20% das áreas gaúchas estão em fase de floração, a mais crítica para necessidade de água da cultura. Sendo assim, a recomendação da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) é que os produtores priorizem a irrigação nessas parcelas em detrimento do restante das lavouras.

O vice-presidente da Federarroz, Roberto Fagundes Ghigino, destaca que muitos produtores estão inclusive abandonando lavouras pela impossibilidade de realizar irrigação e disponibilizando o restante de água para irrigação na soja, já que uma ou duas irrigações podem salvar a lavoura da oleaginosa, enquanto o arroz demandaria mais recursos.

Diante deste cenário, Ghigino afirma que a expectativa inicial de produzir entre 9 e 10 milhões de toneladas nesta safra não será atingida, mas ainda é cedo para estimar índices de perda seja de área ou de produção. A colheita das primeiras lavouras, as que estão em floração neste momento, deve começar na primeira semana de fevereiro.

Confira a íntegra de entrevista com o vice-presidente da Federarroz no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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