Ano de 2020 é um “oásis para os preços do arroz”, coisa que não acontecia há muito tempo

Publicado em 28/08/2020 15:30 e atualizado em 29/08/2020 07:06
Patamares ao redor dos R$ 90,00 mitigam, mas não eliminam anos consecutivos de baixa rentabilidade e acumulo de passivos por parte dos produtores. Presidente da Câmara Setorial do Arroz não acredita em desabastecimento e pede que consumidores entendam a necessidade de remuneração dos produtores
Daire Coutinho - Presidente da Câmara Setorial do Arroz

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Ano de 2020 é um “oásis para os preços do arroz”, coisa que não acontecia há muito tempo

 

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Os preços do arroz estão girando ao redor dos R$ 90,00. Na última quinta-feira (27), por exemplo, o Indicador Esalq/Senar-RS do Cepea fechou cotado à R$ 89,06, após chegar em R$91,09 na quarta-feira (26).

Segundo o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Daire Coutinho, o ano de 2020 é um oásis para os preços do arroz, mas destaca que, essa situação apenas mitiga os problemas do setor, já que os produtores acumulam anos seguidos de prejuízo e passivos arrastados.

Diante disso, a liderança comenta que os consumidores do arroz precisam entender as necessidades dos produtores serem remunerados pelo produto que produzem e garante que não há risco de desabastecimento no mercado interno antes da chegada dos volumes da nova safra, que começa a ser colhida entre janeiro e fevereiro de 2021.

Coutinho destaca também, que na última reunião das Câmeras Setoriais com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o setor arrozeiro pleiteou a tomada de medidas para garantir a competitividade do arroz brasileiro e diminuir os custos de produção da cadeia.

Como exemplo, ele cita que o arroz Uruguaio pode entrar no Brasil com preços menores do que o nacional, mas os produtores brasileiros não podem adquirir insumos mais baratos no país vizinho.

Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Câmara Setorial do Arroz no vídeo.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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