Com chuvas pontuais, lavouras de trigo já têm perdas de 15% na produtividade em Ponta Grossa (PR)

Publicado em 16/08/2018 12:22
Nesta safra, área cultivada com o grão recuou 10% devido à inviabilidade econômica. Preços estão próximos de R$ 900,00 a R$ 950,00 a tonelada. Tabelamento do frete ainda preocupa os produtores e encarece custos de produção. Entrega dos fertilizantes segue atrasada na região e negócios futuros da safra 2018/19 estão travados.
Gustavo Ribas Netto - Presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa/PR

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Entrevista com Gustavo Ribas Netto - Presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa/PR sobre o Acompanhamento de Safra do Trigo

 

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As chuvas pontuais na região de Ponta Grossa (PR) já afetaram a produtividade das lavouras de trigo nesta temporada. A perspectiva é de uma quebra entre 15% a 20% no rendimento das plantações. Em anos com clima favorável, a produtividade fica acima de 4 mil quilos por hectare.

"Esse cenário pode ocasionar uma nova redução na área cultivada com o cereal no próximo ano. Neste ciclo, a área já caiu 10% diante da incerteza do produtor em investir na cultura. O que impede uma redução ainda maior é a falta de opções na safra de inverno na nossa região", explica o presidente do Sindicato Rural do município, Gustavo Ribas.

 Em relação ao mercado, a liderança destaca que, nesse momento, a tonelada do produto é cotada entre R$ 900,00 a R$ 950,00 na região. "E no momento da colheita não temos esses valores, isso acontece todo ano na nossa região. E temos problemas com estocagem do produto, o agricultor não tem como segurar o trigo e é obrigado a vender", completa.

Além disso, nessa temporada, os produtores conseguiram fazer alguns contratos antecipados. As empresas precisam garantir a qualidade do produto adquirido, então os volumes negociados são pequenos.

Tabelamento do frete

Assim como no restante do Brasil, em Ponta Grossa a entrega dos fertilizantes, da safra 2018/19, permanece atrasada. Os negócios futuros com a soja também seguem travados. "Com isso, os chineses não têm segurança para adquirir o nosso produto. Iniciamos a próxima safra com uma insegurança em relação ao nosso custo e uma incerteza na comercialização", destaca Ribas.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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