Estudo do Rabobank mostra que a boa estratégia de comercialização da soja tem que focar em margem e redução de risco

Publicado em 13/03/2018 13:59
Estudo quer desmistificar a ideia de que manter todo o produto físico (soja em grão) após a colheita para venda no 2º semestre sempre resulta no melhor momento de preços no Brasil

Victor Ikeda, analista de grãos do Rabobank, aponta que o produtor brasileiro está cada vez mais eficiente e adepto às novas tecnologias no campo, se diferenciando bastante dos produtores nas décadas de 1980 e 1990. Contudo, a comercialização não acompanhou essa evolução - muitos ainda comercializam como a geração anterior, acreditando que um período do ano em específico é melhor.

Um estudo elaborado pelo Rabobank destaca que a melhor margem não está, necessariamente, em um melhor período do ano. Acredita-se que o segundo semestre oferece os melhores momentos, mas, de acordo com um levantamento feito considerando os últimos 10 anos, foi identificado que, em alguns anos, o preço foi realmente maior, mas que em outros, esse padrão não se repetiu.

Desta forma, o estudo realizou um pequeno exemplo de uma estratégia de comercialização na qual, após o fechamento dos custos, os produtores calculam 70% da safra e comercializam esse volume em lotes ao longo do desenvolvimento da lavoura.  Na estratégia montada pelo Rabobank, a venda foi dividida em 14 lotes - uma venda a cada duas semanas, tentando realizar uma média.

Utilizando essa estratégia e comparando com as vendas concentradas no segundo semestre, o estudo mostrou que os produtores tiveram  uma margem média de 31% no período comercial. Já para quem deixou para vender apenas no segundo semestre, essa margem ficou em 27%. O objetivo, entretanto, não é que o produtor tenha uma melhor margem e, sim, uma menor volatilidade de margem, bem como uma redução de riscos.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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