Chuvas excessivas atrasam plantio do arroz no RS e período de entressafra deverá ser maior

Publicado em 09/10/2017 14:37
Até o momento, cerca de 60 mil hectares foram cultivados. No mesmo período do ano anterior, plantio estava completo em 170 mil hectares. Trabalho no campo deve ser finalizado até o dia 15 de novembro. Previsões climáticas ainda indicam chuvas para o estado nos próximos dias. Saca é cotada a R$ 36,00 e não cobre os custos de produção.

Henrique Osório Dornelles, presidente da Federarroz, conta ao Notícias Agrícolas que o plantio do arroz no estado do Rio Grande do Sul está lento. O clima não tem ajudado, mas esse ano é diferente dos demais, já que não houve uma evolução significativa durante o início do plantio.

Hoje, o indicativo é que o arroz plantado no cedo terá uma área de 50 a 60 mil hectares e uma área menor ainda de plantas que irão emergir, contra uma área de 150 a 170 mil hectares em outros anos. As chuvas têm impedido a realização dos trabalhos no campo e os produtores devem ter uma entressafra bem mais longa.

O plantio ainda não é considerado "atrasado" porque ainda faltam 30 dias para encerrar a janela ideal. Entretanto, só daria para plantar se parasse de chover durante esse tempo no estado, o que não irá ocorrer, como visualiza o presidente. Dornelles acredita que os produtores não devem plantar fora da janela de plantio, já que a rentabilidade é baixa mesmo em condições normais. Alguns podem plantar soja em detrimento do arroz.

Nesta segunda-feira (9), o Rio Grande do Sul está sob uma atuação de frente fria que não permite a chegada dos produtores ao solo para o início do plantio. Poucas regiões avançam neste momento.

O IRGA estima uma área total de 1 milhão e 50 mil hectares para a safra. A produtividade média do estado é de 7700kg por hectare, sobre um preço de R$36 a saca, o que não deixa uma margem positiva para os produtores.

Dornelles aponta que a Federarroz trabalha com o objetivo de reduzir os estoques de passagem e também de solucionar os problemas que fazem o grão do Paraguai se tornar mais competitivo.

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Por: Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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