Tecnologia de exaustão em silos e armazéns pode reduzir perdas em grãos por umidade e altas temperaturas
Com uma produção cada vez maior, impulsionada pela produtividade e pelo melhor aproveitamento de áreas, o Brasil bate recordes ano após ano. No entanto, os ganhos poderiam ser maiores com um menor desperdício, como avalia Otávio Matos, gerente técnico da Cycloar. O gargalo logístico é grande, logo, muitos produtores investem em silos e armazéns para segurar a safra e pegar janelas de venda mais interessantes.
O Cycloar, que é um sistema de exaustão éolico e estático, é uma tecnologia que permite melhorar mais ainda essas condições de armazenamento. Ele evita a concentração de condensação nos armazéns, o que se torna um grande problema favorável ao aparecimento de fungos e também à perda de calor dos grãos.
"Hoje temos tecnologias [no campo], mas precisamos acelerar mais o processo de investimento na pós-colheita", aponta Matos. "É fundamental que o grão fique em um conforto térmico maior, para conter toda a sua energia para os mais diversos usos". Essa tecnologia foi desenvolvida de forma que tanto estruturas antigas quanto estruturas mais novas podem adotá-la.
Paralelamente a isso, Matos também acredita que "é preciso um trabalho junto à opinião pública" para despertar no produtor um interesse maior em acompanhar os investimentos relacionados à armazenagem. A própria Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sugere que a condição de armazenagem seja ideal para cada país. "Isso também tem que entrar nesses debates e na conta do produtor. Convivemos com a cultura do desperdício", constata.