Pesquisador da Fundação MS alerta para o tempo da janela de plantio do milho safrinha no estado
Diretamente da Showtec, feira de tecnologia que ocorre em Maracaju (MS), a jornalista Fernanda Custódio, do Notícias Agrícolas, conversou com André Lourenção, pesquisador da Fundação MS.
Lourenção explica que a Fundação MS realiza um trabalho de pesquisa e difusão de tecnologias e difusão de tecnologias e organiza a feira para que mais produtores, pesquisadores e a indústria fiquem interados nos mais diversos temas do agronegócio.
Como destaque, ele aponta uma trincheira exposta no estande da Embrapa que permite a visualização da planta do solo para baixo, de modo com o qual é possível observar o enraizamento. A estrutura também chama a atenção para a importância do plantio direto, que garante boas rentabilidades para os produtores.
"O produtor trabalha em uma indústria a céu aberto. A inflência de solo e clima compõe os riscos do sistema", destaca o pesquisador. "Colocar palha e selecionar bem o que ele vai fazer é fundamental para que o produtor seja muito assertivo na produtividade".
O plantio do milho safrinha se aproxima. Logo, Lourenção também lembra que a janela é bastante pequena, indo do final de janeiro até, no máximo, 15 de março. "Se passar disso, o produtor pede três sacas por hectare por dia atrasado", diz.
Além disso, a presença do percevejo nas lavouras também é um ponto de atenção. A praga foi problema na safrinha passada e poderá ser problema novamente este ano. Logo, os produtores têm de realizar as ações preventivas e procurar consultores, além de acompanhar resultados de pesquisa, uma vez que se trata de uma praga "muito séria".
No estado do Mato Grosso do Sul, a média de produtividade do milho está em 80 sacas por hectare, número que só tem a aumentar. O investimento no solo e a mudança da época de plantio foram alguns dos fatores benéficos para este crescimento.