Colheita do trigo tem início em Carazinho (RS) e produtores estão preocupados com os preços

Publicado em 10/11/2016 10:10
Saca é cotada próxima de R$ 30,00 na região, valor deixa margem ajustada aos agricultores. Produtividade média das lavouras deve ficar próxima de 60 sacas por hectare nesta temporada, abaixo do esperado pelos produtores. Porém, rendimento ainda é melhor do que o registrado no ano passado. Cereal apresenta boa qualidade nesta safra.
Confira a entrevista de Pedro Tombini - Produtor Rural de Carazinho - RS

No Rio Grande do Sul, a colheita do trigo já está completa em 22% da área semeada nesta temporada, conforme dados reportados no último boletim da Emater/RS. Segundo dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o estado deverá colher 2,23 milhões de toneladas do grão nesta safra. Em Carazinho, os produtores rurais iniciam os trabalhos nos campos com uma perspectiva melhor para essa safra, especialmente em relação à qualidade do cereal.

De acordo com o produtor rural da região, Pedro Tombini, a qualidade do trigo está boa e há relatos de pH acima de 78. “Já a produtividade está um pouco abaixo do esperado pelos agricultores. Temos lavouras com 55 sacas por hectare e até 70 sacas do grão por hectare. Acreditamos que a média deverá ficar próxima de 60 sacas por hectare”, reforça.

A variação no rendimento das plantações é decorrente do menor investimento nas lavouras, por parte dos produtores e, da falta de chuvas em alguns períodos de desenvolvimento da cultura, ainda segundo destaca Tombini. Contudo, a produtividade ainda deverá ficar acima da registrada no ciclo passado, uma vez que as lavouras foram atingidas por uma forte geada.

Comercialização

Desde o início do plantio, a saca do trigo já caiu de R$ 40,00 para R$ 30,00 na localidade. “Esse é o grande problema no setor e o que desestimula os produtores rurais. Com esse valor e considerando a perspectiva de produtividade a conta não fecha”, acredita Tombini.

Nesse instante, os moinhos estão abastecidos e a perspectiva é que retornem ao mercado somente em março. Cenário que pode ocasionar melhores oportunidades de comercialização aos produtores. “No geral, são poucos os produtores que podem segurar esse produto”, completa o triticultor.

Além disso, o produtor ainda destaca que os produtos importados do Paraguai e da Argentina chegam ao país com preços competitivos. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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