Clima contribui e lavouras de trigo apresentam boas condições em Ijuí (RS)
Após a preocupação com a estiagem no início do plantio, o clima voltou a contribuir com o desenvolvimento das lavouras de trigo em Ijuí (RS). Apesar do recuo na área plantada com o cereal, de mais de 40%, a perspectiva é de uma boa produção nesta temporada. Com isso, o rendimento das plantações pode superar as 50 sacas do grão por hectare.
“Tivemos uma estiagem de mais de 30 dias no início da semeadura e, consequentemente, um começo meio desuniforme. Porém, agora a perspectiva é de uma boa safra, com possibilidade de produtividade interessante. E, não só no trigo, mas também temos outras culturas de inverno, como aveia branca e canola na nossa região”, disse o presidente do Sindicato Rural do município, Ércio Luiz Eickoff.
Contudo, os agricultores ainda estão atentos ao comportamento do clima. Isso porque, os institutos de meteorologia indicam a formação de um La Niña para 2016 e há possibilidade de geadas tardias. “E só não podemos ter geadas fortes agora”, reforça a liderança sindical.
Preços do trigo
Nesse instante, as cotações do cereal estão ao redor de R$ 42,00 a saca na localidade, valor próximo do custo de produção. “Esperamos que haja uma reação nos valores, não podemos vender a saca abaixo de R$ 40,00, pois ficamos com a margem negativa”, destaca Eickoff.
Safra de verão
No caso da safra de verão, o grande investimento dos produtores rurais da região será feito na cultura da soja. Até o momento, os agricultores já realizaram todas as compras e aguardam o período ideal para dar início ao plantio. Já as negociações antecipadas caminham mais lentamente, ainda conforme pondera o presidente do sindicato.
Em relação ao milho, Eickoff ressalta que, a tendência é que haja um aumento na área destinada ao cultivo do grão na primeira safra, especialmente nas áreas de sequeiro. “O cenário é decorrente dos preços que, apesar do recuo, continuam altos. A saca que já foi negociada a R$ 50,00, hoje é cotada entre R$ 42,00 a R$ 43,00. Acreditamos que não será um aumento expressivo, já que a soja continua sendo a aposta dos produtores”, completa.