Feijão: Vendas se estabilizam depois do susto da especulação
Com o início da colheita da terceira safra de feijão, o mercado na semana passada foi marcado por forte especulação sobre possíveis quedas nas cotações.
Preocupados com o recuo das cotações muitos produtores correram para as vendas, facilitando o processo de queda nos preços. Para o analista da Coperaguas, Paulo Henrique Ribeiro de Aguiar, somente o volume de entrada da safra irrigada não seria capaz derrubar os preços do carioca.
Nesta semana as vendas se estabilizaram com as cotações voltando ao patamar próximo de R$ 350,00 a saca.
A partir da segunda quinzena de junho a disponibilidade do carioca deve aumentar com o avanço da colheita nos principais estados produtores, mas Aguiar diz acreditar "que os produtores irão vender escalonadamente para manter os bons níveis de preço", explica.
Mas toda a crise do feijão não levantou discussões somente sobre preço, estoque e clima. As variedades de tipos produzidos e consumidos no Brasil também retomaram a pauta.
Entre os dias 13 a 15 de junho, em Foz do Iguaçu, acontece a edição de 2016 do Fórum Brasileiro do Feijão, que irá abordar além de mercado interno, as possibilidades de diversificação na produção nacional.
Segundo o analista, uma das variedades apresentadas pelas Embrapa Arroz e Feijão, é a tipo 'tigre' ou feijão 'pinto'.
Esse tipo de feijão é similar ao carioca, com a diferença que é colorido com “pintas”, em vez de rajado. É o mais popular de feijão no Estados Unidos e do noroeste do México.
"Tem um paladar muito próximo ao carioca e a diferença é que tem a possibilidade de ser exportado e importado", afirma Aguiar.
Confira mais informações sobre o evento, que contará com a cobertura completa do site Notícias Agrícolas: