Início da colheita do feijão carioca irrigado deve conter novos aumentos, mas patamares de preços continuarão elevados
O início da colheita do feijão em alguns estados, arrefeceu os preços ao produtor na comparação com meses anteriores, mas se mantém historicamente altos. Segundo o analista da Correpar, Marcelo Lüders as ofertas em todos o país variam entre R$ 550,00 a R$ 470,00 a saca do carioca.
Os trabalhos de campo devem se intensificar a partir da segunda quinzena de julho, mas a expectativa é de que as cotações não apresentem recuos expressivos. "Neste momento não há como ter absoluta certeza para onde o mercado vai, existem algumas possibilidade, mas nenhuma delas implica em quedas significativas, porque o volume total não é grande", explica Lüders.
A analista lembra ainda que a oferta total da safra irrigada não deve ultrapassar os 2 milhões de toneladas, por isso mesmo com os preços em alta poucos produtores conseguiram aproveitar o pico de cotação.
Apesar do período de alta e, dos preços historicamente interessantes "não podemos afirmar que esse fator irá estimular o plantio de verão". Segundo Lüders uma série de aspectos como o vazio sanitário da soja no Paraná, clima, custos da semente, entre outras limitantes na intenção de cultivo.
Feijão Preto
A disponibilidade interna do feijão preto também é pequena, mas com a possibilidade de importação. Para o analista a tendência "é de estabilidade no preço, mesmo porque a variedade pode ser estocada".
No entanto é possível considerar um aumento na demanda pela diversificação, diante da crise no abastecimento de carioca. Assim, os preços também estão em alta, entre R$ 320,00 a R$ 330,00 a saca.
Fórum Brasileiro do Feijão e Pulses
Para discutir as tendências e expectativas do mercado de feijão acontecerá em Foz do Iguaçu, dos dias 13 a 15 de Julho de 2016 Fórum Brasileiro do Feijão e Pulses 2016.
O evento está sendo preparado para todos os envolvidos no setor do Feijão: sementeiras, fornecedores de insumos, pesquisadores, produtores, corretores, especuladores, importadores, exportadores e empacotadores, dos diversos lugares do Brasil e das nações estrangeiras
"Vamos trazer novas tecnologias que existem para aumento de produção e produtividade, enfim para enfrentar as dificuldades técnicas que existem para os produtores", reforça Lüders.