Caupi "imponente", com 8% a mais de proteína, visa países mais pobres

Publicado em 13/06/2016 11:57 e atualizado em 14/06/2016 11:57
Feijão-caupi está em plena expansão no Brasil e cultura tem grandes horizontes no país. As primeiras lavouras de sementes básicas já estão sendo cultivadas no Mato Grosso.

Com foco no aumento da produtividade e no alcance de novos mercados para o feijão-caupi, a Embrapa lançou a nova cultivar BRS Imponente.

A BRS Imponente vai atender aos anseios de produtores e consumidores que há anos desejavam um produto com grãos brancos extra grandes e será a primeira no mercado brasileiro com atrativos que atendem diretamente o mercado internacional, em especial os país mais pobres.

Seu peso é um terço maior quando comparada a cultivar BRS Novaera, lançada anteriormente pela Embrapa e, possui 8% a mais de proteína. Segundo o diretor da LC Sementes, Leandro Lodea, as primeiras lavouras de sementes básicas já estão sendo cultivadas no Mato Grosso, que chegarão ao campo em produção industrial a partir de 2017.

O feijão-caupi constitui-se um dos principais componentes da dieta alimentar nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. É característico por apresenta ciclo curto, baixa exigência hídrica e rusticidade para se desenvolver em solos de baixa fertilidade.

Hoje a cultura encontra-se em franca expansão nos cerrados das regiões Meio-Norte e Centro-Oeste do Brasil, com produtividade média de 340 quilos por hectares em 1,3 milhão de hectares.

O mercado do feijão-caupi ainda tem contornos regionais, concentrando-se, principalmente, nas regiões Nordeste e Norte. Entretanto, há um grande mercado internacional e nacional a ser explorado.

No centro-oeste, o diretor lembra que "o caupi entra no mercado em um período que não tem concorrente, sendo uma importante fonte de receita para o agricultor em uma época que só tem a alternativa de fazer palhada".

Em 2013 o Brasil exportou 24 mil toneladas de feijão-caupi, já em 2014 o volume saltou para 52 mil toneladas e em 2015 encerramos com embarques acima de 120 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Por: João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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