Segunda safra de feijão na região de Guarapuava-PR tem aumento de 11%na área. Bons preços foram impulsionados por perdas na safra de verão
Após um primeiro plantio com perdas de mais de 40% na produção e problemas com qualidade do grão, devido ao excesso de chuvas, muitos produtores resolveram continuar investindo na cultura do feijão no Paraná. Em Guarapuava (sul do estado) a projeção de aumento é de 11%.
Em 2015 as chuvas não deram trégua, prejudicando o de desenvolvimento da leguminosa, reduzindo a oferta do produto e contribuindo para o aumento do preço. De acordo com o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural), Dirlei Antonio Manfio, a estimativa inicial era colher 32 mil toneladas, contra 20 mil toneladas obtidas no final do ciclo.
Com a redução da oferta em todo o Estado, os preços subiram significativamente. A saca de 60 quilos do feijão preto, principal variedade cultivada no Estado durante a primeira safra, foi vendida a R$ 141,47, em média, este mês, alta de 17% em relação ao mesmo mês de 2015.
"Mas os produtores tiveram uma penalização muito grande na hora da comercialização, pois o produto da região foi de baixa qualidade causada por toda a adversidade do clima, e eles não conseguiram aproveitar esses valores", explica Manfio.
Esse cenário positivo para os preços, no entanto, animou os agricultores a investir na cultura do feijão na segunda safra. Como destaca Manfio o aumento foi de 11% totalizando 24 mil hectares, o que representa 12% de total a área cultivada no Paraná.
"A maior parte das lavouras se encontram em fase inicial de desenvolvimento vegetativo, e estão desenvolvendo bem (65%). Apenas uma pequena área (5%) está entrando em frutificação e tem sentido o excesso de chuva", destaca Manfio.
A produtividade média esperada para a segunda safra está em 1.700 quilos por hectare, contra os 1.600 kg/ha obtidos na temporada passada. Para confirmação desse rendimento, é preciso que as chuvas estejam regulares e a temperatura baixa não chegue antes do esperado no Estado.