Frente ao excesso de chuva, 1ª safra de feijão em Reserva (PR) já registra quebra de 30%
A 1ª safra de feijão já registra quebra de 30% na região de Reserva (PR) devido ao excesso de chuvas. Desde o início do plantio, os produtores enfrentaram problemas com as precipitações, que acabou afetando a raiz das plantas. Ainda nesta temporada, a área destinada o grão foi menor em função da diferença de preços entre o produto e a soja.
Além disso, o produtor rural da região, Odair Pilatti, ressalta que, também há uma preocupação com as previsões climáticas que indicam chuvas mais volumosas entre os meses dezembro e janeiro, momento de colheita do feijão. “E nesse momento, não temos nem referência de preços. Esperamos que as cotações se mantenham nos patamares da safra anterior, para podermos ter alguma rentabilidade”, ressalta.
Trigo
No caso do trigo, as intempéries climáticas também afetaram a produção, mas especialmente a qualidade do cereal. Os produtores estão finalizando os trabalhos de colheita e poucos têm o seguro das lavouras. Em relação aos preços, a saca do grão de boa qualidade, com Ph 78 é cotada a R$ 37,00, podendo chegar a R$ 40,00.
“Mas, o produto de qualidade inferior é negociado a R$ 23,00, uma diferença muito grande. E a qualidade do trigo da nossa região foi afetada pelo clima irregular”, afirma o produtor rural.
Soja
Diante desse cenário, a esperança dos produtores rurais é a cultura da soja. O cultivo do grão está sendo feito aos poucos, também por conta das chuvas. Ainda assim, os produtores estão dentro da janela ideal de cultivo da oleaginosa, que termina no dia 20 de novembro.
“Depois desse período, temos um impacto na produtividade das plantações da soja. Os custos de produção estão mais altos nesta safra e os preços estão próximos de R$ 71,00 a R$ 72,00 a saca da soja no balcão. Já os contratos foram feitos com preços de até R$ 80,00 a saca”, finaliza Pilatti.