Chuvas excessivas comprometem a qualidade do trigo em Santo Ângelo/RS

Publicado em 20/10/2015 10:52
Chuvas excessivas comprometem a qualidade do trigo em Santo Ângelo (RS). Muitos agricultores já acionaram o seguro, porém, a falta de avaliação na qualidade do grão e a demora em realizar as vistorias geram mais prejuízos aos triticultores. Na temporada anterior, produção também foi afetada pelas intempéries climáticas. Saca do cereal é negociada próxima de R$ 35,00 a saca na região.

O excesso de chuvas tem comprometido a evolução da colheita do trigo e a qualidade do produto em Santo Ângelo (RS). Além disso, a geada registrada em meados de setembro também ocasionou perdas nas plantações do cereal. Esse é o segundo ano consecutivo que a cultura sofre com as intempéries climáticas na localidade.

Por outro lado, o presidente do Sindicato Rural do município, Cláudio Duarte, ressalta que muitos produtores já acionaram os seguros. “Porém, há uma preocupação, pois as vistorias realizadas não levam em consideração a qualidade do grão e, sim a produção. A conta é feita a partir das sacas colhidas, com preço mínimo de R$ 32,00 a saca”, explica.

Entretanto, boa parte do grão que é colhido na região não apresenta qualidade e é considerado triguilho. “E o produto é cotado entre R$ 18,00 a R$ 20,00, isso sem contar que não há um mercado definido para o triguilho. Então, o prejuízo fica aos produtores rurais”, afirma Duarte.

Além disso, a demora nas vistorias também é um fator que preocupa e pode elevar as perdas nas plantações, uma vez que as lavouras ficam mais tempo expostas ao clima adverso. “A análise deve ser feita somente no momento da colheita, quando o produto já está pronto. E muitas vezes não há disponibilidade de técnicos para a visita, o que faz com que as perdas sejam maiores”, ressalta o presidente.

Frente a esse cenário, Duarte sinaliza que é preciso que os seguros sejam mais eficientes.  “Precisamos nos juntar e fazer com que mudemos as coisas para termos garantia de renda”, reforça.

Soja

As chuvas em excesso também preocupam os produtores que irão investir na cultura da soja. Os insumos já foram comprados e todos os produtos estão guardados nas propriedades. “Muitos estão aguardando a liberação das áreas com trigo para poder plantar a oleaginosa”, finaliza o presidente. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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