Na região de Alegrete (RS), volume acumulado de chuvas ultrapassa os 200 mm e preocupa produtores de arroz

Publicado em 08/10/2015 10:37
Na região de Alegrete (RS), volume acumulado de chuvas ultrapassa os 200 mm e preocupa produtores de arroz. Áreas poderão ser replantadas e agricultores podem não conseguir finalizar a semeadura dentro da janela ideal. Previsão climática indica a continuidade das precipitações nos próximos 10 dias no estado. Saca do grão é negociada entre R$ 40 e R$ 41 na localidade.

As chuvas continuam sobre o estado do Rio Grande do Sul e o cenário já preocupa os produtores rurais. Na região de Alegrete, as precipitações ultrapassam os 200 mm acumulados nos últimos dois dias. E em muitas localidades, as chuvas vieram acompanhadas de granizo. Por enquanto, as previsões climáticas indicam a continuidade das precipitações pelo menos nos próximos 10 dias.

O presidente do sindicato rural do município, Pedro Piffero, relata que o plantio do arroz está completo em 40% da área projetada para essa temporada, de 59 mil hectares. Porém, a maioria das lavouras foi preparada há poucos dias. “Com isso, as áreas ficam suscetíveis e as chuvas podem levar as taipas das plantações. O excesso de chuvas também pode ocasionar problemas de germinação, o que começa a mudar o cenário”, completa.

Apesar de não ter um levantamento, uma vez que as chuvas ainda não deram trégua, o presidente não descarta a necessidade de replantio em algumas regiões. Além disso, a semeadura do cereal pode não ser finalizada dentro da janela ideal de cultivo, que se encerrada no dia 5 de novembro. “Certamente teremos problemas, mas ainda não podemos quantificar”, ressalta Piffero.

Em boa parte das áreas, o presidente ainda sinaliza que os produtores têm seguro. “Mas nem todos têm acesso ao seguro. E precisamos de um seguro que garanta um prejuízo maior, que dê amparo melhor”, afirma.

Paralelamente, as cotações da saca do grão registram uma recuperação e estão próximas de R$ 40,00 a R$ 41,00. “O mercado tem apontado para uma recuperação, o que leva o produtor a manter a área cultivada com o arroz. Por outro lado, a alta do dólar tem favorecido especialmente às exportações. Acreditamos que será um bom ano para a comercialização”, diz o presidente. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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