Arroz sobe com demanda aquecida e produto disputado tanto pelo mercado interno quanto externo. Cotações se aproximam de R$40,00/saca
Alcançando o maior patamar da série histórica do Cepea, iniciada em 2005, o indicador Esalq/Senar para o arroz atingiu R$ 39,57/saca de 50 kg na última terça-feira (29). A demanda aquecida e a restrição da oferta tem sido o principal fator de alta no mercado interno.
Segundo o presidente da Federarroz, Henrique Osório Dornelles, os produtores se retraíram na expectativa de melhores preços. "Essa é uma postura bastante profissional à medida que esse mesmo produtor no inicio da safra também ofertou a preços bastante baixos, ou seja, agora eles buscam equalizar a realização de perdas daquele primeiro volume ofertado", explica.
A demanda externa também tem sido um fator positivo para a composição dos preços no mercado interno. Pagando preços superiores as indústrias que operam apenas no mercado domestico as vendas externas gera uma competição pela oferta nacional.
A forte valorização do dólar tem deixado o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional, com isso, as exportações em setembro devem fechar acima 120 mil toneladas, considera Dornelles.
Além disso, os orizicultores estão atentos aos impactos da alta dos insumos, como defensivos e energia, no custo de produção da safra 2015/16. Segundo o presidente, os preços praticados cobre apenas o custo variável da próxima temporada, ainda é importante lembrar "que muitos produtores venderam a preços muito abaixo do que estávamos vendo atualmente", agravando essa situação.
Ainda assim, o presidente considera que as cotações tem fôlego para preitear novas altas, visto que em diversas praças já existem negócios acima do indicador.