Negócios com trigo no RS estão parados com vendedores e compradores à espera de uma definição sobre a qualidade da safra

Publicado em 24/09/2015 13:03
Negócios com trigo no Rio Grande do Sul estão parados com vendedores e compradores à espera de uma definição sobre a qualidade da safra. No Paraná, a colheita avança com tempo mais seco

A safra de trigo do Paraná e Rio Grande do Sul foram prejudicadas pelo excesso de chuvas e geadas nas principais regiões produtoras.

Impedidos de entrar nas lavouras, os produtores gaúchos não conseguem se quer mensurar o tamanho da perda. No Paraná o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura, divulgou um levantamento nesta quarta-feira (23), prevendo uma redução de 10% na estimativa inicial de safra.

Segundo do corretor de mercadoria da De Baco Corretora, Marcelo de Baco, a geadas comprometeram o rendimento da produção e as chuvas prejudicaram a qualidade do grão. "Até o dia 15 de outubro devemos ter uma panorama mais claro, mas o histórico de trigo com chuva e geada não é bom", ressalta.

No Rio Grande do Sul a maior parte das lavouras está em floração ou enchimento de grão. Com a geada que ocorreu no final da primeira quinzena de setembro, as plantas foram queimadas, e posteriormente a chuva favorecem o apodrecimento do caule e o aparecimento de doenças, causando prejuízos até mesmo irreversíveis.

E mesmo com essas perspectivas de quebra na produção o preço do trigo no RS se mantém baixo. De acordo com De Baco, "os preços da farinha não tem reagido, então não tem como transferir um preço melhor para o trigo". A demanda fraca, reflexo do cenário econômico do país, impede valorizações significativas na cotação do grão.

Ao contrário, no Paraná esses prejuízos nas lavouras refletiram em um aumento de R$ 70,00 a R$ 80,00/t, por conta de uma corrida dos moinhos para garantir a oferta interna. "Na semana passada o mercado se aqueceu, os moinhos abasteceram a demanda imediata, mas agora não chove mais no Estado a pressão de oferta pode forçar novamente os preços para baixo", explica De Baco.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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