Em Pato Branco (PR), produtores finalizam plantio do trigo e lavouras apresentam boas condições

Publicado em 03/08/2015 11:31
Em Pato Branco (PR), produtores finalizam plantio do trigo e lavouras apresentam boas condições. Área cultivada recuou 30% na região devido aos preços mais baixos. Em outras localidades do Sudoeste do estado, lavouras apresentam problemas com o aparecimento de doenças, especialmente brusone e giberela. Já os preços estão entre R$ 33 a R$ 34 a saca do cereal.

Devido aos preços mais baixos, os produtores rurais de Pato Branco (PR) reduziram em 30% a área destinada ao trigo. Até o momento, as lavouras apresentam boas condições e, caso o clima continue favorável, a perspectiva é de uma boa produção. Contudo, algumas localidades do Sudoeste paranaense, já apresentam problemas com o aparecimento de doenças, especialmente a giberala e o brusone em decorrência das chuvas recentes.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Oradi Caldato, muitas plantações, que estão prontas para a colheita, foram danificadas pelo excesso e chuvas no momento da florada, principalmente as semeadas em abril. “Nessas áreas não dá trigo, teremos triguilho. Já as lavouras plantadas mais tarde estão emitindo cacho nesse momento e o desempenho da cultura irá depender do comportamento do clima, para que o trigo tenha qualidade”, afirma o presidente.

Paralelamente, os preços da saca do trigo giram em torno de R$ 33,00 a R$ 34,00 na região. Ainda na visão do presidente, os valores não cobrem os custos de produção e os agricultores trabalham no vermelho. “Nós cultivamos o trigo apostando que com a valorização do dólar, as importações também chegarão mais caras no país”, explica.

A perspectiva é que os valores se aproximem dos R$ 40,00 até R$ 45,00 a saca, patamares que, de acordo com o presidente, cobrem os custos de produção e sobra uma margem aos produtores. “Há dois anos, vendemos a saca do trigo na nossa região a R$ 50,00. Nesse patamar conseguimos ganhar dinheiro, atualmente, não há como trabalhar, temos custos mais altos”, ressalta Caldato.

Enquanto isso, na área que deixou de ser cultivada com o trigo, os produtores investiram na aveia, que tem sido uma opção aos agricultores em outras localidades do país também. “O produtor precisa manter a terra coberta e temos que pensar na soja que começa a ser cultivada a partir de setembro”, relata o presidente. 

Confira as imagens enviadas pelo presidente do Sindicato Rural:

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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