Nos EUA, situação mais grave com o excesso de chuvas está nos estados de Missouri, Illinois e Indiana; produtividade de soja e milho está comprometida

Publicado em 02/07/2015 10:13
Safra 2015/16: Nos EUA, situação mais grave com o excesso de chuvas está nos estados de Missouri, Illinois e Indiana; produtividade de soja e milho está comprometida e perdas, nessas áreas, podem chegar de 10 a 20%. Entre os preços, produtores americanos almejam entre US$ 10,20 e US$ 10,50 para a soja e de US$ 4,00 a US$ 4,20 para o milho.

Apesar de pontuais, os problemas nas lavouras de soja e milho nos Estados Unidos são preocupantes. De acordo com o produtor rural e engenheiro agrônomo Ricardo Rotilli, que visitou recentemente algumas regiões dos EUA, a situação mais grave está nos estados de Missouri, Illinois e Indiana.

"Percebemos pontos muito problemáticos com muitas lavouras críticas, e as chuvas em excesso acabou saturando o solo, mas é bom frisar que isso acontece de uma forma muito pontual em regiões mais baixas", afirma Rotilli.

Segundo ele, os produtores norte-americanos estão mais preocupados com a cultura do milho, pois já existem áreas onde não é possível salvar a plantação. A estimativa é que cerca de 10% a 20% do total dessas áreas estejam prejudicadas.

Com a janela de plantio já encerrada, Rotilli conta que os agricultores nesses estados consideram inviável realizar um replantio, haja vista que "são áreas que necessitariam de 10 dias de clima sem chuva, para talvez conseguir uma entrada de maquinas".

Do lado positivo estão as recentes reações dos preços na Bolsa de Chicago, impulsionados pelos problemas climáticos. Na terça-feira (30) a soja bateu 50 pontos de alta e o milho mais de 20 pontos nos principais vencimentos, após a divulgação dos relatórios do USDA trazerem estoques ajustados e um atraso no plantio da soja.

"Para eles (produtores) uma faixa interessante de preços para milho seria de US$ 4 a US$ 4,20 por bushel e, para soja de US$ 10 a US$ 10,50/bushel. Segundo eles, esses valores estariam cobrindo levemente os custos e dando uma mínima rentabilidade, que em anos de crise - como este - não esperam muito mais", ressalta o produtor.

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Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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