Alongamento do custeio deve dar fôlego a produtores gaúchos e reduzir pressão de queda nos preços do arroz
As parcelas de custeio da safra 2014/15 com vencimento em julho e agosto deste ano, poderão ser prorrogadas pelos agricultores gaúchos para os meses de novembro e dezembro. A medida foi oficializada nesta terça-feira (09) pelo Banco do Brasil, e deve trazer alivio a pressão de venda imediata de grãos - um risco especialmente para o arroz, que registra queda de preços.
Para ter acesso ao alongamento, os produtores devem enviar solicitação formal ao Banco do Brasil. Outra medida que pode favorecer os produtores de arroz "é a confirmação da liberação de um terminal arrozeiro mais eficiente, mais barato de embarque, que possibilitará pagamento melhores aos produtores para uma exportação já que está confirmada", explica Henrique Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul).
Com isso, a redução da oferta no mercado interno, e as exportações em alta, devem enxugar o mercado e dar sustentação para a recuperação dos preços. O índice Cepea/Esalq está cotado a R$ 33,68 a saca de 50 quilos, preço que não remunera o produtor, haja vista o recente aumento dos custos de produção.
A negociação contará ainda com a disponibilização de R$ 200 milhões do Banco do Brasil para apoio à comercialização a título de Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM). "Esses 200 milhões que estarão disponíveis para os produtores serão a juros de 6,5%, ou seja nas condições do plano agrícola passado, e estará disponível sem mix de juros", explica Dornelles.
Outra medida permitirá o alongamento da parcela de 2015 da renegociação da dívida de arrozeiros de 2013. O vencimento passará para o ano posterior ao da última parcela fixada.