Apesar da perspectiva de redução na área, em torno de 3,8%, produção de trigo em SP deverá ficar próxima da safra de 2014

Publicado em 01/06/2015 11:27
Apesar da perspectiva de redução na área, em torno de 3,8%, produção de trigo em SP deverá ficar próxima da safra de 2014, em torno de 240 mil toneladas do grão. Agricultores finalizam o plantio do cereal no estado. Com recente valorização do câmbio, custos de produção já estão mais altos aos produtores rurais. A tonelada do produto é cotada, em média, a R$ 700,00.

Apesar da perspectiva de redução na área semeada com o trigo em São Paulo, ao redor de 3,8%, a produção deverá ficar próxima da colhida na temporada anterior, em torno de 240 mil toneladas do cereal. Nesse momento, os produtores paulistas já estão caminhando para o final do plantio do grão.

De acordo com o pesquisador do IEA (Instituto de Economia Agrícola), José Roberto da Silva, no estado, os agricultores devem fazer a semeadura do grão, principalmente nos meses de abril e maio. “Depois desse período o risco é maior, especialmente em relação ao clima. Então, os produtores devem fazer o planejamento antes para comprar os insumos e fertilizantes. Também é importante destacar que, o trigo tem uma função bastante importante que é formar palhada para o plantio da soja na safra de verão”, destaca.

Contudo, alguns produtores já estão gastando mais para fazer cultivar essa safra devido à valorização no câmbio. Em contrapartida, os preços da tonelada do trigo, em média, estão ao redor de R$ 700,00. “Precisamos ressalta que, estamos na entressafra, e o grão de melhor qualidade da safra passada já foi negociado. Em comparação com outras regiões, temos um custo menor com a logística, porém, teremos que acompanhar o desenvolvimento da safra norte-americana, pois a oferta do país irá influenciar na composição dos preços no mercado internacional”, afirma Silva.

Paralelamente, o pesquisador ainda sinaliza que, as chuvas nesse momento são favoráveis às lavouras recém-cultivadas. A preocupação é com as chuvas no momento da colheita que, podem afetar a qualidade do cereal e ocasionar prejuízos em relação aos preços. O clima mais úmido também favorece o aparecimento de doenças nas lavouras como giberela e brusone. Contudo, os produtores paulistas têm conseguido realizar o controle de ambas as doenças nas últimas safras.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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