Preços do feijão carioca se recuparam com baixa produtividade da segunda safra e volta da demanda para repor estoques de início de mês
Publicado em 22/05/2015 12:24
Preços do feijão carioca se recuparam com baixa produtividade da segunda safra e volta da demanda para repor estoques de início de mês
Os preços do feijão carioca seguem subindo. Produtores registram baixa produtividade na região Sul do estado de Minas Gerais e Paraná, porém a perspectiva é de mais volume e com isso o preço começa a se movimentar ao longo da semana. Para Marcelo Lüders, diretor da Correpar, o momento é bom, entretanto, o preço vai depender da variedade do feijão, bem como a disponibilidade do tipo.
“O período entre o final do mês e começo do mês cria – se um volume maior de negócio e provavelmente na semana que vem, veremos mais ainda a presença dos compradores. Temos uma junção de fatores, por ser um período de sazonalidade e por outro lado uma oferta menor do que a prevista”.
“O volume não é suficiente para atender a demanda, mas o preço não vai parar. O produtor vai diminuir a quantidade de vendas para arcar com os compromissos, uma vez que o feijão carioca não se guarda por muito tempo, mas pode ser vendido aos poucos”, indica o diretor.
Diante desse cenário, a referência do feijão nota 9 em Goiás é de R$ 145,00 a R$ 150,00 a saca, produtores seguem vendendo em poucos volumes devido a oferta menor. “A área de feijão no estado de Minas Gerais, por exemplo, já foi menor este ano e agora vem a produtividade confirmando essa quantidade, por isso os produtores vendem aos poucos para ver a valorização dos preços”, explica Lüders.
Feijão preto
Já para o feijão preto, os produtores tinham uma expectativa de vender a R$ 100,00 a saca, porém, hoje vendem a R$ 85,00. Lüders conta que a Conab de maneira informal, comunicou à Correpar de uma possível compra com volume para garantir o preço mínimo a R$ 105,00 a saca.
“Com essa ação, existe uma possibilidade de estabilidade nos preços e até uma recuperação nos valores. O feijão preto pode esperar mais para vender, portanto a dica é para que os produtores esperem o momento certo e façam novos negócios”, orienta.
Por: Aleksander Horta//Nandra Bites