Preços do trigo reagem no mercado internacional em movimento especulativo mas reflexos ainda não são sentidos no Brasil
O mercado internacional do trigo fechou à tarde de quinta-feira (14), com alta de 7% na Bolsa de Chicago (CME Group). O contrato setembro/15 teve a maior valorização, sendo negociado a US$5,2100 cents/bushel, um ganho de mais de 30 pontos. O maio/15 fechou a US$5,0175 cents/bushel, uma variação de 4,31%.
Robson Maffioleti, analista da Ocepar afirma que a alta foi uma movimento de recompra das posições "visualizando que os preços do trigo são baixos em Chicago, e também tem a situação do feriado na Europa, e a questão do dólar que desvalorizou perante as principais moedas, então esses foram os fatores de curto prazo".
No mercado interno, essa variação positiva não chegou a refletir nas cotações, haja vista que o Brasil possui pouca oferta ainda disponível para comercialização. "Nós temos cotações ao redor de R$ 730 a R$ 750 a tonelada no mercado atacadista", afirma o analista.
Mesmo com os produtores relatando dificuldade em manter a cultura do trigo por conta dos preços e condições climáticas, Maffioleti afirma que teremos uma redução de apenas 2% de área no Paraná, totalizando 135 mil hectares que devem produzir 4 milhões de toneladas no final da temporada. Até o mês de maio 40% da área de trigo já está cultivada no estado.
Além disso, O preço mínimo do trigo pão, tipo 1, na safra de inverno 2015/2016, foi reajustado de R$ 33,45 para R$ 34,98 por saca de 60 kg. Para estimular a produção, o Mapa solicitou reajuste de 4,57% no preço mínimo do produto ao Conselho Monetário Nacional (CMN). O ajuste foi feito de acordo com estudos técnicos apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), levando em conta as variações dos custos de produção.