Em Restinga Seca (RS), colheita do arroz caminha para o final com quebra de 20% devido ao excesso de chuvas

Na região de Restinga Seca (RS), a colheita do arroz já está terminando. Devido ao clima irregular, excesso de chuvas em janeiro e a estiagem de fevereiro a março, a expectativa de quebra é de 20%. A projeção está acima do estimado inicialmente de 12%.
 

Para o produtor rural do município, Flávio Giuliani, além das condições climáticas adversas, o aparecimento do percevejo nas plantações também causou danos à cultura, “hoje, caminhando pelas estradas, vimos o tanto de percevejo nas sujeiras e ao redor das plantações”.
 

Além das pragas, houve uma preocupação muito grande com a ferrugem asiática. “Ela gruda na casca da semente, com isso, nas áreas de produção as sementes foram descartadas, o que refletiu em mais um problema na safra”, explica Giuliani.
 

Enquanto isso, o preço da saca se mantém em R$ 34,00. Segundo Giuliani, “para nós, produtores de arroz o cenário não é favorável, porque os custos de produção aumentaram e na próxima safra devem registar elevação de 30%. A cotação há mais de três anos não muda, “exemplo disso é a energia que no último ano subiu 110,85% e isso influenciou diretamente nos custos de produção do arroz. Na última segunda feira, tivemos um novo aumento, ao redor dos 6%, consequentemente é difícil equilibrar as contas entre preço e custo de produção”.
 

Soja
 

Do mesmo modo a cultura da soja também foi afetada pelo clima irregular e tem projeção de quebra de 20% na produção. A produtividade média está entre 20 a 30 sacas por hectare. Já os preços estão ao redor dos R$ 60,00 a saca.
 

“No entanto a estratégia do produtor rural é segurar as vendas para tentar negociar o produto a preços mais altos”, finaliza o produtor rural.