Especialista da Embrapa Suínos e Aves detalha protocolos de abate sanitário e descarte de aves mortas
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Especialista da Embrapa Suínos e Aves detalha protocolos de abate sanitário e descarte de aves mortas
A destinação correta de aves e suínos mortos, seja por causas naturais ou por doenças pode ajudar a diminuir os riscos de dispersão de agentes que causam doenças. O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, explica que protocolos de segurança devem ser seguidos de forma correta. Neste momento, especialmente com os casos de influenza aviária se propagando pela América do Sul, o especialista detalha processos, partindo da suspeita de algum caso, até o despojo dos animais abatidos.
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Ele explica que, se há suspeita, é necessário que as autoridades sanitárias da região onde a ave que pode estar doente ou contaminada sejam notificadas, para coletar amostra, escolhendo quais tecidos do corpo do animal devem ser retirados e para qual laboratório estas amostras serão enviadas. Este plano de contingência da doença que já começou a ser aplicado passa então para o abate sanitário das aves, que segundo Caron, é realizado por asfixia nos galppões com uso de uma espuma.
Após o abate das aves, tanto trabalhadores que já atuam na granja como o serviço veterinário local atuam no recolhimento das aves, acondicionadas em sacos plásticos bem fechados para evitar a dispersão de pó contendo o vírus. A compostagem pode ser realizada na propriedade, em uma área já destinada para este tipo de situação, realizando camadas com os sacos plásticos contendo as aves e cobrindo com pó de serra ou maravalha úmidos, seguindo a sequência até terminar, cobrindo com uma lona plástica. "É importante que o local seja cercado para que não dê acesso a animais selvagens ou domésticos que psosam cavar a terra e acabar propagando a doença", ressalta.
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Caron também pontua a questão da higienização do galpão onde as aves estavam, com remoção e destinação correta da cama que está contaminada, lavagem do local e desinfecção. "Depois disso, são alocadas 'aves sentinelas' que, se ficarem doentes, dão sinal de que o ambiente ainda está contaminado", afirmou.
As pessoas que lidam neste processo também precisam de cuidados especiais, utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, e realizando a higienização corporal de forma minuciosa, tomando cuidados com barba, por exemplo, até a limpeza do trato respiratório.
Confira abaixo links da Embrapa Suínos e Aves que trazem informações técnicas e também do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
Embrapa Suínos e Aves: Nota técnica sobre Influenza Aviária
MAPA: Compilados com informações técnicas