Produção global e brasileira de rações fica estável em 2022, segundo especialista; atenção em 2023 para desafios sanitários
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Produção global e brasileira de rações fica estável em 2022, segundo especialista; atenção em 2023 para desafios sanitários
A produção global de rações ficou praticamente estável em 2022 no comparativo com 2021, segundo levantamento divulgado pela multinacional na área de nutrição animal, Alltech. O diretor comercial da companhia no Brasil, Clodys Menacho, explica que o resultado está dentro do esperado, dado os desafios mundiais encarados no ano passado, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, volatilidade do dólar e aspectos sanitários. Inclusive, de acordo com Menacho, as questões sanitárias, como a continuidade da Covid-19, Peste Suína Africana em algumas regiões e a propagação ampla e rápida da influenza aviária são pontos de atenção para 2023.
A pesquisa sobre a produção de rações engloba, além de aves, suínos e bovinos, a aquacultura, equinos e pets, e resultou em uma tímida queda de 0,42% no mundo, dado considerado estável pelo especialista. No Brasil, o índice também ficou quase na estabilidade, com leve aumento de 0,87%. O Brasil segue como o terceiro no ranking mundial na produção de rações, atrás apenas da China, que está em primeiro, e dos Estados Unidos, na segunda posição.
O Brasil registrou aumento na produção de ração para suínos na ordem de 4%, 3% para bovinos de corte e 1% para aves de corte. Já para bovinocultura leiteira e avicultura de postura, houve queda de 4% e 3%, respectivamente.
Entre os principais desafios citados pelas indústrias que participaram da pesquisa, segundo Menacho, foram os custos de produção, que aumentaram não só pelo custo dos grãos, mas também por fertilizantes e preços de frete.