Déficit de milho para produção de suínos em SC em 2023 deve ser de 5,5 mi de toneladas, com perspectiva de custos de produção em alta

Publicado em 05/01/2023 10:54 e atualizado em 05/01/2023 11:54
Vice-Presidente da Faesc pontua que questões logísticas ainda são um gargalo para que o cereal chegue a preços melhores e não derrube a competitividade da proteína suinícola de Santa Catarina
Enori Barbieri - Vice Presidente da FAESC

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Déficit de milho para produção de suínos em SC em 2023 deve ser de 5,5 mi de toneladas, com perspectiva de custos de produção em alta

Com um crescimento na produção de carne suína passando de 900mil toneladas em 2020 para 1,5 milhão de toneladas em 2022, Santa Catarina deve seguir enfrentando custos altos para aquisição do milho, um dos insumos essenciais na alimentação dos animais. As informações são do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri.

Segundo ele, o Estado deve produzir 2,5 milhões de toneladas do cereal em uma área de 330 mil hectares de área plantada, após redução nas estimativas devido a algumas perdas, enquanto, ao ano, a necessidade para a nutrição animal é de 8 milhões de toneladas do insumo. Sendo assim, o déficit é de cerca de 5,5 milhões de toneladas, que deverão ser adquiridos em outros locais.

Ele explica que um dos tradicionais fornecedores do produto para Santa Catarina é o Paraná, mas com o aumento na produção de frango e de carne suína por lá, o consumo do milho produzido em solo paranaense deve ser demandado localmente. De acordo com a liderança, o Paraná produz atualmente 15 milhões de toneladas, que são consumidos internamente ou exportados, pela facilidade de escoamento pelos portos.

Barbieri detalha que o produtor catarinense terá de comprar estas 5,5 milhões de toneladas que faltam no Paraná (se estiver sobrando por lá), do Paraguai (que com uma nova ponte sendo construída, pode facilitar a importação), do Centro-Oeste (mas com frete muito caro) ou Argentina (vindo do porto e encarecendo muito pra levar até o Oeste de Santa Catarina, onde se concentra a produção suinícola).

"O que nós estamos brigando muito em Santa Catarina há bastante tempo com o Governo Federal é um braço de uma ferrovia que desce do Centro-Oeste do país para Paranaguá, no Paraná, passando por Cascavel, e chegando em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Tem projeto que seria junto com a iniciativa privada, o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, esteve em Chapecó, ams com a mudança de governo, volta à estaca zero. Sem esse braço para trazer milho do Centro-Oeste, cada vez mais Santa CAtarina vai eprder competitividade no mercado interno", disse Barbieri.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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