Preço da carne de frango e da ave viva sobem em maio, na contramão das proteínas bovina e suína

Publicado em 26/05/2021 09:30
Mesmo com o preço das carnes concorrentes caindo, valor da proteína avícola ainda é o mais competitivo, mesmo com repasses dos custos de produção ao consumidor
Juliana Ferraz - Pesquisadora Cepea

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Entrevista com Juliana Ferraz - Pesquisadora Cepea sobre o Mercado do Frango

 

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O movimento do mercado de frango neste mês de maio foi de alta de preços, segundo a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Juliana Ferraz. Contrariando o cenário da carne suína e bovina, na parcial do Cepea para este mês, a carne de frango subiu 13%, e a ave viva 9,7%. 

"Isso é resultado tanto de um ajuste de produção que tem sido feito ao longo dos últimos meses quanto de uma demanda mais aquecida, uma vez que a carne de frango segue sendo mais competitiva, mesmo com a queda das proteínas suína e bovina", disse.

Além disso, ainda que com dificuldade, o setor produtivo está fazendo repasses à ponta consumidora pelos altos custos de produção, principalmente no que se refere ao milho e ao farelo de soja que compõem a ração das aves. "Neste final de mês, estes repasses 'esfriaram', já que é um período sazonal de menor capitalização da população, mas a tendência é de que os preços voltem a subir no início de junho", explicou.

De acordo com ela, um fator que pode exercer pressão de baixa de forma temporária nos preços do mercado do frango internamente é a suspensão pela Arábia Saudita a 11 frigoríficos brasileiros que exportavam carne de frango para o país. Deve, sim, haver um excedente de produção no Brasil, mas por se tratar de um animal de ciclo curto e de uma produção mais de 90% verticalizada, a pesquisadora acredita que as indústrias conseguirão regular a produção em pouco tempo, ajustando à demanda. 

 

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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