Apinco: Demanda por pintos de corte segue aquecida, mesmo com lideranças da avicultura planejando reduzir produção de frango
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Entrevista com José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco sobre a produção de Pintos de Corte
Mesmo com a sinalização de algumas lideranças do setor de avicultura apontando para uma diminuição da produção de aves em uma tentativa de reduzir a pressão pelos custos de produção, os alojamentos de pintinhos de corte seguem com demanda aquecida, conforme explica o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco), José Paulo Meirelles Kors.
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Segundo ele, a demanda está ajustada à oferta, e a previsão é de que o mês de março se encerre com cerca de 600 milhões de aves alojadas em todo o país, já que o mês teve mais dias úteis. Em fevereiro, o número foi um pouco menor, em torno de 550 milhões, em função de o mês ser mais curto.
"A tendência para abril é de que os alojamentos permaneçam na casa das 600 milhões de aves, um pouquinho a mais, um pouquinho a menos. Porém, com as incertezas geradas pela pandemia e os altos custos de produção sem previsão de baixarem, a sugestão é de cautela nos alojamentos", disse.
Para Kors, parte do suporte no número de alojamentos vem da parte das indústrias habilitadas para exportação de carne de frango, setor que está sendo remunerado, diferentemente daquelas que atendem apenas o mercado interno. Em uma conta rápida, ele explicsa que 600 milhões de aves alojadas se tornarão 1,3 mil toneladas de frango abatido no mês. Deste total, 340 mil toneladas vão para exportação e o restante fica no Brasil.
"Isso dá uma média de 50 a 55 quilos de frango per capita, o que é muito. Há consumo de frango por causa do preço, extremamente competitivo frente à carne bovina, mas na ponta produtora, o custo está muito alto", afirmou