Apesar das altas no preço do suíno vivo em fevereiro, preço do animal não alcança custos de produção, aponta suinocultor
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Entrevista com Marcos Antônio Spricigo - Produtor Rural e Proprietário de Frigorífico sobre o Mercado de Suínos
Após quedas vertiginosas no preço do quilo do suíno vivo em janeiro, as cotações começaram a se recuperar em fevereiro. De acordo com Marcos Antônio Spricigo, suinocultor e proprietário de frigorífico em Santa Catarina, o recuo intenso foi fruto de uma queda de demanda sazonal em janeiro, somado à uma correria dos suinocultores vendendo animais mais leves.
"Agora em fevereiro, houve uma melhora na demanda interna e também nas exportações, depois de resultados negativos em janeiro. Isso, somado à redução do peso dos animais disponíveis nas granjas ajudou a trazer o preço dos animais para cima", disse Spricigo.
Apesar disso, os valores pagos pelo animal vivo sequer se aproximam do pico atingido em outubro/novembro de 2020, quando o quilo do suíno quase atingiu R$ 10,00, e em contrapartida, a saca de milho e a tonelada do farelo de soja estavam mais em conta do que em fevereiro deste ano.
"A principal preocupação do suinocultor não é a demanda. A gente sabe que a China vai continuar comprando, e que a economia no Brasil está iniciando um processo de retomada, principalmente nos estados do Sudeste. Mas os custos de produção não devem dar alívio. Pelo menos até a chegada do milho safrinha no mercado, os custos devem seguir altos", disse.