Sindirações: produção de rações pode bater recorde em 2020, chegando a 81 milhões de toneladas

Publicado em 09/11/2020 15:33
Apesar da previsão de crescimento, custos de produção podem representar perigo às perspectivas positivas, já que produtores de proteína animal podem passar a reduzir ciclos e alojamentos
Ariovaldo Zani - CEO do Sindirações

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Entrevista com Ariovaldo Zani - CEO do Sindirações sobre a Produção de Rações

 

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Além do crescimento de 5,2% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, a produção de rações pode fechar 2020 com alta de 4,5% em relação ao ano anterior, projetando recorde de 81 milhões de toneladas, conforme explica o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani.

Apesar da perspectiva de aumento na produção, Zani afirma que os custos de produção, puxados pelos preços do milho e farelo de soja, podem diminuir a demanda, com produtores de proteína animal reduzindo o ciclo de vida dos animais ou alojando menos aves, por exemplo. 

Entretanto, as exportações aquecidas e o mercado interno amparado pelo Auxílio Emergencial, cedido pelo Governo Federal, têm sustentado a demanda por rações, ainda que a proporção do preço da ração e do frango de corte, por exemplo, tenha uma disparidade grande.

"Entre outubro do ano passado e outubro deste ano, em reais, a soja aumentou 81% e o milho,86%, enquanto em dólar, esses insumos subiram 14% e 2,4%, respectivamente. A ração para frangos de corte, por exemplo, teve alta de 92%, enquanto o preço pago pela ave subiu 35%", explicou. 

Para o início de 2021, Zani projeta que deva ser um ano desafiador, com a possível retirada do Auxílio Emergencial, alta taxa de desemprego, o que pode reduzir o consumo de carnes, e o esforço da China em recompor os planteis suínos. 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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