Suíno no RS esboça reação mas ainda está abaixo do custo de produção. Expectativa é de melhora da demanda e recuo nos custos

Publicado em 13/09/2016 13:20
Apesar das recentes quedas nos preços do milho, ajuste de contas só ocorrerá quando esses animais forem abatidos no final do ano

Após um período de pressão, as cotações do suíno vivo no mercado independente do Rio Grande do Sul esboçaram leve reação no início desta semana. A bolsa de suínos do estado divulgou o preço médio em R$ 2,96/kg posto indústria, indicando valorização de R$ 0,03 em relação à referência anterior.

Porém, os suinocultores ainda trabalham com resultados ajustados. De acordo com o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, atualmente os produtores gastam de R$ 3,80 a R$ 3,85 por quilo de animal produzido.

Mesmo com a recente queda nos preços do milho [sendo cotado a R$ 41,00 a saca], Folador lembra que os suínos comercializados agora, são frutos de alimentações onde o cereal chegou a custar R$ 60,00 a saca no estado. Assim, "o alívio do custo só terá reflexo nos animais que serão abatidos no final do ano/início de 2017."

No entanto, o setor tem perspectiva positiva para os próximos meses. A aproximação com as festividades de final de ano, pagamento de décimo terceiro e a tendência de permanência nos bons volumes exportados ao longo de todo o ano, poderá trazer alivio a cadeia.

"Temos a perspectiva de que no segundo quadrimestre do ano teremos recuperação dos preços", acrescenta Folador. Para ele, é preciso "ocorrer uma subida nos preços, para que os produtores comecem a recuperar pelo menos ficando acima dos custos de produção."

Em termos de oferta, mesmo com o crescimento em torno de 6% a 8% na produção gaúcha deste ano, o presidente afirma que a disponibilidade de animais está ajustada a demanda, principalmente em função do bom desempenho das exportações.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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