Consumidor paga caro pelo feijão após redução de oferta com desestímulo ao plantio e perdas pela seca
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Entrevista com Tiago Stefanello Nogueira - Pres. do Conselho Brasileiro de feijão e Pulses sobre a Alta nos preços do feijão
Diversos consumidores têm enviado imagens mostrando que os preços do feijão voltaram a atingir patamares bastante elevados nos supermercados. O assunto já começa a virar meme nas redes sociais, mas a situação encontra fundamento na situação da safra do produto.
Tiago Stefanello Nogueira, presidente do Conselho Brasileiro de Feijão e Pulses, ressalta que, neste momento, há uma restrição de oferta que é reflexo de dois anos atrás, quando o produtor não foi remunerado e amargou diversas perdas no setor. Assim, houve uma diminuição drástica no plantio, que coincidiu com problemas climáticos
Hoje, o mercado está bastante volátil e o feijão é vendido entre R$380 a R$400 a saca. A safrinha está sendo implentada agora e ainda é muito cedo para que seus reflexos se façam presentes no mercado.
Os produtores que possuem feijão nas mãos, segundo Nogueira, devem analisar as contas. Se eles acharem que os preços são favoráveis, têm que mudar a operação. Vai entrar pouco feijão no Brasil nos próximos 30 a 40 dias, com um grande volume presente apenas entre abril e maio.
O que preocupa, neste momento, é que, com essa alta, a população fala em reduzir o consumo. Mas Nogueira lembra que existem outras variedades que não o feijão carioca - e que a situação abre oportunidade para que os consumidores conheçam esses outros feijões.