Intensificação da colheita da safra irrigada de feijão a partir de meados de julho pode gerar oferta maior que demanda
O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, conversou com o Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (06) para destacar o mercado do feijão, em um momento no qual a situação não é das melhores para o produtor.
Ainda que alguns estejam tendo sucesso na equalização dos custos, há produtores perdendo para os preços em voga neste momento. O custo de produção oscila entre R$80 a R$90, mas para alguns, os preços podem chegar a R$110 a R$120 por conta do aumento de vários insumos.
Lüders diz esperar que o mercado tenha chegado no piso ou que esteja próximo de se estabilizar. A colheita já avançou bastante no Vale do Araguaia e agora deve ser intensificada no noroeste de Minas Gerais e em São Paulo. Os números apontam que a oferta ainda vai ser superior à demanda, contudo.
O presidente avalia também que, com a evolução da produtividade e das características, há uma somatória de fatos que indicam que vai ser cada vez mais raro acontecer algo que coloque os preços em um patamar de elevação como ocorria anteriormente.
Ele também aconselha os produtores a não "mudar o problema de lugar" - ou seja, não deixar o feijão carioca de lado para plantar feijão preto e rajado sem saber como o mercado está operando para essas duas variedades.