Mesmo com quebra de quase 40% da safra no PR, preços do feijão carioca não reagem. Saiba porque
Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, destacou nesta sexta-feira (18) que, mesmo com as perdas significativas no Paraná, de 30% até 40% em alguns casos, o mercado não tem visto reação nos preços do feijão carioca.
Como aponta Lüders, este fator é reflexo dos estoques ainda existentes em estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, bem como lavouras que começam a ser plantadas agora e um ambiente que não traz nenhum fundamento de reação.
Todo o quadro que se desenha tira o ânimo do mercado de pagar mais caro pelo feijão. Para ele, um dos problemas mais sérios é a questão dos levantamentos que não tem sido feitos no Brasil, já que o país possui uma área maior de feijão do que se imagina.
A alternativa, neste momento, é a diversificação dos cultivares para começar a ter condições de desenvolvimento e conhecimento de como conduzir essas lavouras. No feijão carioca, os produtores ficam reféns do preço.
Desde 2010, os preços no segundo semestre são mais baixos do que no primeiro semestre, o que não ocorria antes. Isso foi impulsionado pelo aumento da área irrigada e de novas cultivares.