Feijão: Com redução na oferta, preços do carioca sobem mais de 30% em uma semana
Nesta semana, os preços para o feijão-carioca tiveram um aumento de 30% nas cotações devido à menor oferta. Mesmo com a alta nas cotações, os valores ainda estão próximos aos custos de produção e não remuneram o produtor.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), Marcelo Eduardo Lüders, os produtores fizeram as negociações no período em que os preços estavam abaixo dos custos de produção. “O Brasil tem três safras de feijão e tem um período de dois a três meses de preços muito baixos, em algum momento os preços vão subir”, afirma.
Durante os meses de dezembro e março teve uma concentração maior da colheita do feijão da primeira safra nos estados do Paraná e Santa Catarina. “Os produtores que tem um feijão de excelente qualidade vai ter o produto disputado e conseqüentemente eleva as cotações”, destaca.
Em relação à demanda, a liderança destaca que preços até R$ 6,00 no supermercado não afeta a comercialização. Por outro lado, quando tem um aumento nos valores pode ter menos empacotadores dispostos a negociar.
Referências
As referências para o feijão carioca foi negociada entre R$ 120,00 a R$ 130,00 por saca, sendo que tiveram comercializações que ultrapassaram de R$ 140,00 e que não podem ser considerados preços de mercado. “O alvo do produtor é vender o feijão a R$ 160,00 a saca, mas pode ser muito ariscado ficar apostando que o preço vai subir”, comenta.