Feijão: Diante dos preços baixos, projeção é de queda na área cultivada na 3ª safra em Cristalina (GO)

Publicado em 02/04/2018 10:41
Expectativa é que a área fique abaixo de 10 mil hectares nesta safra. Saca é cotada ao redor de R$ 80,00 e não cobre os custos de produção. Áreas plantadas na região são irrigadas. Plantio deve ter início a partir do dia 20 de abril. Área cultivada com o milho caiu 15% na segunda safra. Preços subiram e saca é negociada próxima de R$ 30,00.
Confira a entrevista com Alécio Maróstica - Presidente Sindicato Rural de Cristalina - GO

Os produtores rurais estão desanimados com os baixos preços do feijão, por isso terá que uma redução da área cultivada na 3ª safra na região de Cristalina/GO. No caso do milho safrinha, a expectativa é que tenha uma redução de 15% de área cultivada.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Alécio Maróstica, na temporada passada foi cultivado aproximadamente 14 mil hectares com a cultura, nesta safra a expectativa é que fique a baixo de 10 mil hectares. “Aqui 90% do feijão plantando é o carioca. Porém, tem muitos produtores investindo no grão-de-bico e outros tipos de feijão”, destaca.

Outra preocupação para o agricultor é a incidência de mosca-branca que mais prejudica a cultura do feijão. “Os produtores estão esperando temperaturas mais frias para iniciar o plantio, pois a incidência da praga diminui muito”, afirma.  

Comercialização

Na localidade, as referências para o feijão giram em torno de R$ 80,00 a saca que não cobrem os custos de produção. No caso do milho, nas últimas semanas os preços reagiram e está por volta de R$ 30,00 a saca. “Os preços nestes patamares remuneram os produtores, sendo que pretendiam vender por R$ 20,00 a saca”, afirma.  

Milho Safrinha

Com o atraso no plantio da soja no inicio da temporada acabou comprometendo o planejamento do milho safrinha. Contudo, a área destinada ao cereal também vai ter uma redução da área cultivada. “A queda vai ser de 15% menor que o ano passado, mas as chuvas podem ajudar. Quando não dá para plantar milho, os produtores investem no sorgo”, aponta.   

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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