Feijão: Com preços mais baixos, área cultivada recua até 40% em Ivaiporã (PR)
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Confira a entrevista com Lourival Roberto da Silva Góes - Presidente do Sindicato Rural de Ivaiporã/PR
Na região de Ivaiporã/PR, os produtores rurais vão reduzir a área cultivada com o feijão devido aos preços que não cobrem os custos de produção e nem remuneram os agricultores. Segundo o levantamento do Departamento de economia rural (DERAL), cerca de 99% das lavouras já iniciaram o plantio da cultura.
De acordo com o Presidente do Sindicato Rural do município, Lourival Roberto da Silva Góes, os produtores realizam a semeadura do feijão fora da janela ideal de plantio devido ao atraso no plantio da soja no inicio da temporada. “A janela ideal era até o dia 20 de fevereiro, porém os produtores concluíram o cultivo na semana passada”, afirma.
Até o momento, as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento da plantas com chuvas generalizadas. “As precipitações estão atrapalhado a colheita da soja, mas para as lavouras iniciais está excelente”, diz a liderança.
Na localidade, houve uma redução de área cultivada com o feijão por conta da baixa remuneração aos produtores. “No final do ano, foram registrados muitos prejuízos com a cultura com os preços baixos e produtividade ruim. Em função das chuvas do final do ano, muitos produtores desistiram de fazer o plantio”, destaca.
Comercialização
Em relação à comercialização, as referências para o feijão carioca gira em torno de R$ 90,00 a R$ 100,00 por saca. No entanto, os valores nestes patamares não fecham as contas, sendo que os preços para remunerar deveriam estar próximos de R$ 150,00 a R$ 180,00 a saca.
Safrinha
Contudo, muitos produtores rurais optaram por realizar o cultivo do trigo e da aveia na região, já que podem alcançar uma boa produtividade. “Mesmo sabendo que pode ter prejuízo, vamos plantar. Isso porque, na cultura do trigo temos seguro agrícola e é a melhor opção para o momento”, ressalta.
No caso do milho, as lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento, porém os agricultores estão intensificando as aplicações de fungicidas, sendo que foram registradas ataques de lagartas. “Assim como ocorreu com o feijão, teve uma redução de área em 30% nas lavouras destinadas ao cereal. Na semana passada, o milho estava girando em torno de R$ 30,00 a saca”, finaliza.