Preço do feijão reage na primeira semana de janeiro e volta para patamares acima de R$100,00/saca
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (05), Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE), destacou que os preços do feijão apontam para uma reação neste início de ano, já que os compradores se antecipam para realizar compras antes que as demais empresas entrem na próxima semana para repor seus estoques.
Segundo ele, com exceção do ano de 2012, valores acima de R$100 nesta negociação são tradicionais para o período. O Paraná já registrou negócios por volta de R$110, em meio a um cenário no qual 17% a 20% do feijão do estado ou foi colhido e consumido ou foi perdido.
Desta maneira, a demanda que irá surgir deste período poderá ser suficiente para colocar os preços em uma média acima do que foi visto nos últimos três meses. Do outro lado da balança, porém, pesa o fato de que 90% do feijão que não foi vendido é correspondente a cultivares de escurecimento lento, de forma que os produtores que deixaram de vender não vão aceitar vender abaixo desse valor. A estratégia, como aponta Lüders, deve ser de ir vendendo aos poucos até chegar aos preços considerados ideais, que giram em torno de R$110 a R$120.
O clima, por sua vez, deve ser um fator determinante neste cenário, levando em consideração a sua influência na oferta. A previsão é que o estado do Paraná tenha um janeiro mais chuvoso, um fator que é "mais altista do que baixista".
Lüders lembra ainda que, ao final de dezembro, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) havia se mobilizado para interceder no mercado caso os preços ficassem abaixo do mínimo. Essa informação também deve colaborar para a alta dos preços.
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