Feijão: Mercado volta suas atenções para a colheita no interior de SP; preços variam de R$ 90 a R$ 120/saca

Publicado em 17/11/2017 11:02
Maior concentração de oferta neste momento, apesar de insuficiente, mantém os preços pressionados e cria um ambiente de comercialização mais difícil neste momento. Consumo, porém, ainda é bastante expressivo e deve chegar à formação das cotações. Atenção ainda ao desenvolvimento das lavouras em estados como MG, PR e GO.
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O presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE), Marcelo Lüders, destaca que os preços atuais do mercado de feijão variam, neste momento, entre R$90 a R$120/saca nas principais praças.

Esses patamares, contudo, são desestimulantes ao produtor, que contam com uma grande produção e custos que sobem a toda hora. O fator dos preços baixos é impulsionado, principalmente, por uma maior concentração de oferta, embora esta seja insuficiente para atender a demanda, uma vez que o consumo se mantém estável.

Segundo ele, muitos produtores consideram que os níveis de agora são "os mais baixos possíveis", o que leva os especuladores a tentarem formar estoques. Além disso, situações de insegurança no campo, como o ocorrido na Fazenda Igarashi, na Bahia, desanima os produtores envolvidos em culturas como a do feijão, na avaliação do presidente.

Durante novembro e dezembro, deverá haver a concentração da colheita no estado de São Paulo. A média de produtividade deve ficar abaixo da projeção, que é de 40 a 45 sacas por hectare.

Os preços caem, contudo, porque foi plantado mais do que estava sendo declarado, como aponta Lüders. Um produto como o feijão é bastante sensível a essas oscilações. Por isso, o setor aguarda que o recém-formado Conselho Brasileiro de Feijão e Pulses venha para amparar essa questão e trazer um melhor gerenciamento para os gargalos da cadeia.

Para Lüders, os produtores devem observar o mercado e participar na comercialização a partir do momento em que os patamares apresentados atenderem às suas necessidades específicas.

 

Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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