Safra de feijão de inverno em SP se aproxima do fim e apesar da redução de 15% na área plantada, produtividade compensa oferta
Ana Victória Monteiro, pesquisadora científica do IEA, destaca que a safra de inverno de feijão no estado de São Paulo está chegando ao final. Algumas regiões ainda estão colhendo, mas estas são as variedades mais tardias.
A safra de inverno representa 30% do feijão produzido no estado, sendo que a maior área é composta por irrigação, quando a rentabilidade pode chegar a 2600kg por hectare. Sem irrigação, essa rentabilidade fica em 1465kg por hectare.
A área, de 25 mil hectares, é menor do que no ano passado, que contou com 29,6 mil hectares. Porém, a produtividade está 10% maior.
O preço médio de janeiro a dezembro do ano passado foi de R$283. Neste ano, de janeiro a julho, o preço médio está em R$161. Contudo, houve um aumento de 17% da produção, o que compensou no equilíbrio de preços.
Em novembro, o feijão da safra das águas, que está sendo plantado desde setembro, já começa a ser colhido. O período de colheita vai até março do próximo ano, já que esta é a maior e mais extensa safra.
A tendência, como conta Monteiro, é que esta safra traga uma melhora para a produtividade e uma manutenção de área. O feijão dessa safra representa cerca de 55% da produção anual em São Paulo.
O estado de São Paulo tem, em média, 36 regiões que produzem feijão. A princípio, "este é o melhor momento do ano". "Se conseguirmos fechar bem a safra de inverno, a safra das águas nos preocupa muito pouco", salienta Monteiro.