Cotação do feijão carioca tem mais uma semana de alta e no mês recuperação chega a quase 30%
Marcelo Lüders, presidente do IBRAFE, destaca que o cenário atual do mercado do feijão "não tem sido fácil". Entretanto, há uma valorização de cerca de 28% desde o início do mês e uma valorização próxima a 8% desde o início da semana.
Para ele, esta valorização ainda não é a ideal, mas o mercado vai caminhando nessa direção de alta. Há negócios sendo realizados por volta dos R$130 a R$135.
Há bastante feijão estocado em algumas regiões. Entretanto, há produtos que não são ideais para o empacotamento em função da umidade, embora estes devam fluir também mais à frente.
No estado de São Paulo, há dias que contarão com uma oferta maior e um volume maior de interessados nesse feijão. A característica dos produtores paulistas é de vender o produto assim que colhem.
Ele lembra que o preço mínimo em agosto não caiu abaixo de R$100. Agora, com uma safra menor, espera-se que os preços não tenha muitas oscilações de queda.
Para a safra das águas, o sinal de alerta está ligado. Os produtores que plantaram muito antecipadamente perderam a produção. Agora, produtores esperam que as chuvas esparsas da próxima semana auxilie plantios que estão sendo feitos nesta semana.
Após a colheita, o primeiro trimestre em 2018 deve ser de ofertas pequenas, já que a situação de menores áreas de feijão está tomando conta, cada vez mais, de regiões como o Paraná e o sul de Minas Gerais.
Ainda que o feijão seja uma lavoura delicada, ele possui uma possibilidade maior de retorno. Por isso Lüders diz que "apostaria algumas fichas no feijão".
O feijão preto, por sua vez, conta com alguns produtores no Mato Grosso e em Goiás que ainda possuem feijão preto. Mesmo que haja a importação da Argentina, os argentinos não estão contentes com a paridade de preços. Assim, ele destaca que os produtores que possuem feijão a nível nacional podem ter certa tranquilidade para negociar.