O que esperar da próxima safra de feijão com custos em alta e preços pouco atraentes. Veja a análise

Publicado em 25/08/2017 16:28
Confira a entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE
Semana encerra com poucos negócios e produtores esperam por melhor demanda nos próximos dias, com mercado se preparando para consumo de início de mês

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De acordo com Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, a semana começou com uma tentativa de firmeza para o mercado do feijão carioca. Entretanto, já era esperado que esta seria uma semana bastante lenta por conta do período do mês, enquanto muitos produtores também agem de forma mais cuidadosa em relação ao mercado.

Não foram colocados muitos lotes a venda. Os lotes que saíram foram vendidos por volta de R$110 a R$115, com a semana encerrando nesses patamares.

No sertão da Bahia, as chuvas atrapalharam a colheita do feijão, que gira em torno de R$110 na região. Como este é um feijão de qualidade inferior, os produtores vem sendo bem remunerados no estado. Em Minas Gerais e Goiás, os produtores se retiraram do mercado, que está por volta de R$110 a R$115, na expectativa de que a próxima semana traga uma melhora por conta da demanda do início do mês.

Na ponta, há vários cenários distintos sendo praticados no mercado. Há feijões que está sendo promovidos abaixo de R$2 em alguns supermercados como estratégia de marketing, tendo em vista que o consumo é menor nesta época.

Já era sabido que o mês de agosto teria uma comercialização complicada no mercado. A medida em que setembro avança, o consumo continua e, mesmo que hajam novas entradas de feijão no mercado, o número não deve ser tão expressivo quanto neste mês. Há uma percepção também no mercado de que poderá haver um volume menor de produto até dezembro, o que pode fazer os preços reagirem.

Os preparativos também já começam para a safra das águas, com fortes indicativos de que a área total deve ficar abaixo de 1 milhão de hectares, com aumento na área da segunda safra. Ele acredita também que a maioria dos produtores deve optar por cultivares de escurecimento lento.

Lüders estada que há um número maior de produtores que não são tradicionais que estão pensando em deixar a soja e o milho de lado e entrar para o cultivo de feijão. Contudo, ele salienta que "o produtor tem que estar envolvido e conhecer muito dessa lavoura", sem "se atirar" na atividade sem maior conhecimento prévio e entender o que irá envolver essa lavoura de feijão.

O presidente recomenda aos produtores que analisem seu fluxo de caixa para escapar de um momento de maior pressão, além de se manterem sempre informados sobre o que ocorre no mercado.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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