Feijão branco é alternativa para diversificação de plantio e com potencial demanda para exportação. Iapar avança nas pesquisas
O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), que existe há 45 anos, já desenvolveu 36 diferentes variedades de feijão, sendo uma delas a IPR Garça, que é uma variedade de feijão branco surgida em 1995 como forma de oferecer mais uma opção, demandada no mercado externo e que alcança preços superiores no mercado interno.
Vania Moda Cirino, pesquisadora do IAPAR, destaca que, para que a produção dessa variedade seja difundida, falta a difusão de tecnologias e também a organização de cooperativas para que os agricultores possam receber orientações de como trabalhar com essa variedade, que possui um ciclo superprecoce de 65 a 70 dias e um potencial produtivo de 2500kg por hectare.
Por outro lado, a IPR Garça, do tipo andino, não tolera altas temperaturas e seca. No solo vermelho, ela também perde qualidade, por conta da coloração do feijão. Hoje em dia, apenas alguns produtores exportadores tomaram a iniciativa de produzir esse feijão isoladamente.
A Argentina é um forte concorrente neste mercado. Em 2006, a IPR Garça foi levada ao país para ser produzida. Entretanto, a entrada nesse mercado exige um produto de excelente qualidade, frequência e a identificação de possíveis importadores.
Esse feijão possui valores superiores ao carioca, geralmente vendido nas gôndolas em pacotes de 500g por um preço de R$5 a R$7. Para o produtor, ele também oferece uma perda quase zero, já que suas sobras podem ser aproveitadas para a produção de farinha, utilizada na indústria farmacêutica, na indústria de cosméticos e também por aqueles que possuem alergia a glúten.
Cirino destaca ainda que o feijão tem muitos benefícios para a alimentação humana, sendo rico em fibras solúveis e em minerais como ferro, zinco e magnésio. De digestão mais fácil que o carioca, o feijão branco poderia entrar diariamente na mesa dos consumidores.
Para obter mais informações, acesse o site do IAPAR: