Segunda safra de feijão no Paraná caminha para o encerramento com perdas em volume e qualidade após geadas e muita chuva
A safra de feijão está na reta final do Paraná. Com isso, o Notícias Agrícolas conversou com Carlos Alberto Salvador, engenheiro agrônomo do Deral, para ter um panorama geral desse andamento.
O engenheiro conta que o estado está finalizando a colheita da segunda safra - o estado possui três. Há 88% da área colhida e, até o final do mês, os produtores já devem ter colhido toda a safra.
De uma forma geral, a segunda safra estava com um bom andamento até o mês de abril, com uma pequena perda em torno de 6%. Entretanto, a partir de maio, com duas geadas e chuvas intensas combinando com o momento da colheita, deve haver uma redução na produção e de qualidade.
Até o momento, há em torno de 2 mil hectares perdidos, de 237 mil hectares totais. O potencial de produção também deve ser perdido. Entretanto, os levantamentos ainda estão sendo feitos e não é possível confirmar um percentual de perda até o momento. Até o mês de maio, o rendimento estava em 2051kg por hectare.
A comercialização da safra está mais lenta do que no ano passado, com preços menores. O Brasil está produzindo 35% a mais de feijão. Em maio, houve uma alta e, em junho, os preços estão equilibrados, se mantendo nos patamares em torno de R$168,62 para o feijão cores e R$135,42 para o feijão preto.
Esses preços são atrativos para os produtores, uma vez que o custo variável de segunda safra é em torno de R$75 ou um custo total em torno de R$108.