Perdas de feijão na safra do Sul do país podem passar de 100 mil toneladas. Feijão Preto tem grande potencial de alta
Diante das chuvas dos últimos dias, a safra do feijão sofreu mais um golpe. De acordo com Marcelo Lüders, da Correpar, existem perdas no campo e, de alguma forma, a safra vinha muito bem anteriormente. Assim, no caso do feijão preto, os empacotadores acabaram não tendo um estoque maior, aguardando uma maior oferta a partir de agora. Com isso, o impacto dos preços deve ser grande.
O feijão carioca, ainda que haja um volume maior de consumo, deve ter a terceira safra colhida em 30 dias. Portanto, não está na mesma situação que o preto, que irá depender da importação da Argentina, valorizado também por problemas climáticos por lá.
As perdas no estado do Paraná são grandes. Entre feijão carioca e preto, estima-se a perda de 80 mil toneladas. Junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul, essas perdas se aproximam de 100 mil toneladas.
O empacotador não especula, estando comprado e vendendo para o varejo. É um momento, portanto, calmo, quando os compradores aguardam por melhores preços para recompor seus estoques.
A referência para o feijão carioca, hoje, deve ficar entre R$230 e R$240 para os grãos de melhor qualidade, mas ainda não há negócios estabelecidos. Para o feijão preto, as últimas referências estiveram na base de R$180. Dependendo de como os produtores venderem seus grãos, poderão obter melhores preços.
Para a terceira safra, espera-se que a área seja menor do que foi no ano passado. Alguns pivôs de irrigação tiveram problema com recebimento de área. Os compradores não veem o mercado conseguindo se manter abaixo dos R$200. Como os produtores são organizados e trocam muitas informações, é provável que sempre que apontar para uma queda, eles irão conseguir administrar essa situação.
Já para o feijão caupi, os produtores com boas qualidades já passam a não aceitar ofertas abaixo de R$80.
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