Mercado do feijão segue pressionado, mas com expectativa de melhora de demanda na próxima semana
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Setor produtivo está em Brasília para discutir qualidade da semente de feijão e oportunidade de exportação com fator Trump
Nesta semana, o excesso de oferta continua influenciando o mercado do feijão, de acordo com Marcelo Lüders, analista da Correpar.
No Paraná, os preços giram em torno de R$110 a R$130 para o feijão carioca, com ofertas mais baixas, uma vez que o varejo está devagar. Já no estado de Minas Gerais, entre R$120 a R$140.
Há uma diferença de preços entre os dois estados por conta da cultivar utilizada. No Paraná, uma cultivar que gera um feijão mais rústico não é, em grande parte, a opção dos empacotadores. Por questão de frete, o feijão mineiro também é mais demandado pelo Nordeste. Mas devido às perdas de produtividade, ambos os estados almejam um patamar a partir de R$150 para realizar vendas.
No feijão preto, começa a sobrar mercadoria e já se fala em valores entre R$130 a R$145. O mercado abastecido fez com que os compradores se retirassem no momento.
Futuro do feijão
Neste momento, Lüders está em Brasília, após uma conversa com a ApexSim. Com as questões políticas movimentadas pelas decisões de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, o mercado de feijão poderá ser impactado diretamente. O México é um grande importador de feijão dos Estados Unidos e toda a América Central importa dos Estados Unidos e da China. Com uma situação de estresse, o mercado poderá abrir as portas para o feijão preto brasileiro.
Hoje à tarde, também, uma reunião convocada pelos sementeiros de feijão irá discutir a qualidade das sementes que estão no campo, uma vez que há a alegação de que alguns sementeiros não respeitam a legislação vigente de sementes. A alternativa de se colocar um rastreamento da semente nas embalagens estará em pauta.